Antunes Filho
sexta-feira, fevereiro 25
VICIO DE AMAR (MÁRCIO GUIMARÃES)
Acendi um cigarro pela manhã e olhava para o relógio. Já esperava. Ao meio dia, em meio à dor, em meio à humilhação consumia o meu vicio, ou ele me consumia. Ansiedade. Numa nuvem de fumaça que predomina em meu ser, um nevoeiro de hipocrisia, uma volúpia ilusória confessaste os pensamentos com a Morte e eles chegaram até mim. Discórdia. Mas uma vez queimo, como queimo as falsas lembranças, queimando num inferno de areias quentes, areias de uma ampulheta com tempo desperdiçado. Queimando como a chama de um cigarro que consumo, ou ele me consome, morro aos poucos. Suicida. Suas falsas provas de carinho e a fumaça que respiro, vão ao fundo da minh’alma e destrói o que ainda resta. Ou restava – Acreditei em você.
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