Antunes Filho

Antunes Filho
Antigona

terça-feira, junho 24

CARNE EXPOSTA

(Márcio Guimarães)






OSSOS


VEIAS


ÓRGÃOS


CARNES


Desossar a VERGONHA dos desejos.


Moer, triturar a carne da LUXÚRIA.


Sugar as veias da DISCÓRDIA.


Vender os órgãos, INTERNOS, EXT E  R   N    O     S para a cobiça alheia.


EU vendo...


Eu ME vendo...


Sou bicho, Homem, Mulher, Objeto.


Me escravizo com rotinas perturbadas.


Cérebro remói, Medo, CULPA, Vontade...


Olhos me observam na penumbra,


Perseguição!


Quem sou eu?!


Quem é você?!


Você se conhece?


É CAPAZ de se auto-defirnir?


Heterossexualidade, Homossexualidade, Bissexualidade, Transsexualidade, Metrossexualidade...


Defina sua Categoria...


SUAS Categorias!


Já se analisou internamente?


Somos Rotulados por quem esconde Rótulos.


No final todas as CARNES estão expostas


Todas de formas distintas, mas gostos iguais.


OSSOS iguais,


VEIAS iguais,


ÓRGÃOS iguais,


CARNES iguais.


 
 



 


 


quarta-feira, fevereiro 19

REDAÇÕES ESCOLHIDAS! Ensino Fundamental - Alunos da Escola "Antônio de Pádua Prado"

A NOITE ESCURA

AUTORES: Lúcio Arruda de Almeida Junior e João Vitor de Souza – 7ª Série E
               
Estava eu andando por uma rua como era de costume às sextas. Era noite a rua estava escura, mais a frente avisto um vulto, não sei o que era, mas estava morrendo de medo.
Corri para ver o que era e avistei um simples gato abandonado, continuei andando calmo pela rua. Enquanto virava a esquina, algo tocou meu ombro, saí correndo desesperadamente de medo, no meio da escuridão alguém gritou:
- Pirralho espera aí!
Quando olhei pra trás vi um simples velhinho com uma bengala andando apavorado. Perguntei ao velhinho se ele queria que eu o acompanhasse até o fim da rua, o velhinho aceitou. Enquanto eu o acompanhava, ele foi contando as histórias de sua vida, quando chegamos ao fim da rua me despedi dele e fui embora.
Chegando em casa tirei meu casaco e percebi que meu relógio de bolso não estava lá, também percebi que meu dinheiro fora roubado e me perguntei:
- Quem foi o medíocre que me roubou?
No outro dia de manhã olhei o jornal e vi a foto do velhinho que eu acompanhava  ontem a noite, abaixo da foto estava escrito:
BATEDOR DE CARTEIRA! PROCURADO!


O BECO ESCURO

AUTORES: Maysa Lima de Vasconcelos e Jennifer Laurindo de Souza da Silva – 7ª Série F
               
Estava eu andando por uma rua como era de costume às sextas. Era noite a rua estava escura, mais a frente avisto um vulto, não sei o que era, mas estava morrendo de medo.
O tal vulto chorava e eu curiosa ia me aproximando, quanto mais perto, mais alto o choro. O vulto percebeu a minha presença se aproximando e saiu correndo em direção a um beco. Eu estava com muito medo, então decidi ir à casa de Jennifer para ver se ela poderia me acompanhar.
Chegando a casa de Jennifer ela estava com seu namorado, Miguel e ele disse que poderíamos ir os três juntos. Fomos em direção ao beco onde o choro aumentava, parecia não ser uma pessoa só e sim várias. Entramos no beco escuro, havia vários outros vultos pequenos, devagar pedimos a Miguel pegar o celular e iluminar para enxergarmos.
Quando Miguel acendeu vimos crianças chorando procurando comida dentro das lixeiras do beco. Perguntamos sobre seus pais e elas responderam que seus pais havia os abandonados desde bebês, e que o velho vizinho os criou, obrigando-os a pegar latinha em troca de uma miséria.
Eu, Jennifer e Miguel ligamos para polícia, eles prenderam o velho e as crianças foram para o orfanato, onde lá estão até hoje.