Antunes Filho
sábado, janeiro 7
A CURA
Márcio Guimarães
CENA 1
Ouve-se som de sinos que vai aumentando gradativamente. Entra andando vagarosamente um Espectro segurando uma linda rosa branca. Acende-se um foco no centro do palco, onde está Roberto sentado vestido uma camisa de força, começa a debater-se tentando se soltar, atrás dele o Espectro ergue a rosa e começa a destroçá-la com as mãos, das pétalas começam a escorrer sangue, é como se a flor morresse, as gotas de sangue caem sobre o rosto de Roberto. Entram dois senhores e uma moça, começam a atormentá-lo.
MOÇA – Já tomou seu remédio?
SENHOR DE BRANCO – Ela te ama! Te ama!
SENHOR DE PRETO – Deus castiga pessoas como você!
MOÇA – Já tomou o seu remédio?
SENHOR DE BRANCO – Não vou falar! Não vou, não vou!
SENHOR DE PRETO – Ser irracional... Imoral, Justiça? Justiça! Justiça...
MOÇA – A cura... Seus remédios, Calma! Calma... Eu estou aqui.
SENHOR DE BRANCO – Não vou falar! Não vou! Morrerei por meus companheiros.
SENHOR DE PRETO – Hipócritas, sanguessugas, perturbadores, Votem! Salve a Pátria Amada!
MOÇA – Nem tudo era como antes... Sinto o cheiro de rosas e de sangue.
SENHOR DE BRANCO – Ela te ama! Te ama!
MOÇA – Já tomou seu remédio?
SENHOR DE PRETO – Deus castiga pessoas como você!
SENHOR DE BRANCO - Não vou falar! Não vou, não vou!
MOÇA - A cura... Seus remédios, Calma! Calma! Calma! Calma!
SENHOR DE PRETO - Ser irracional... Imoral, Justiça? Justiça! Justiça! Justiça?!
MOÇA – Eu estou aqui. (Saem fica apenas o Espectro ele solta os braços de Roberto, sai e leva a camisa de força, Roberto fica ao chão).
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Marcio adorei esta sua cena...você escreve lindamente....vou ler tudo..huahuaha!!!!
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